Economia / Investimentos / Negócios / Outros: Inflação em Maio - Portugal abaixo da média Euro de 1,9%



A taxa de inflação em Maio na Zona Euro desacelerou para 1,9%, uma redução face aos 2,2% observados em Abril e aos 2,6% registados há um ano. Este valor situa-se abaixo do objetivo de 2% definido pelo Banco Central Europeu (BCE), reflectindo uma tendência de desaceleração dos preços na região.

Portugal destacou-se por apresentar uma taxa de inflação anual harmonizada de 1,7% em Maio, posicionando-se como o quinto país com a inflação mais baixa da Zona Euro, ficando abaixo da média regional. Apenas Chipre (0,4%), França (0,6%), Irlanda (1,4%) e Dinamarca (1,5%) registaram taxas inferiores. Esta evolução confirma a tendência de desaceleração da inflação no país, que tem oscilado em torno do objectivo do BCE, com variações recentes a situarem-se próximas ou abaixo dos 2%.

Na União Europeia em geral, a inflação homóloga também recuou, passando de 2,4% em abril para 2,2% em maio, contra 2,7% no mesmo mês do ano anterior. Esta diminuição foi acompanhada por uma estabilidade ou queda da inflação em vários Estados-membros: em 14 países a inflação caiu, manteve-se estável num e subiu em 12, segundo dados do Eurostat.

Os principais contributos para a taxa de inflação anual na Zona Euro em maio vieram dos serviços, que adicionaram 1,47 pontos percentuais, seguidos dos alimentos, álcool e tabaco (+0,62 pp), bens industriais não energéticos (+0,16 pp) e energia, que teve um impacto negativo de -0,34 pp. Esta composição indica que, apesar da desaceleração geral, os serviços continuam a ser o principal motor da inflação na região.

Contrastando com os países com inflação mais baixa, alguns Estados-membros apresentaram taxas significativamente superiores, como a Roménia (5,4%), Estónia (4,6%) e Hungria (4,5%). Esta disparidade evidencia as diferenças económicas e estruturais dentro da Zona Euro e da União Europeia.

Em termos mensais, Portugal registou uma variação de 0,6% entre Abril e Maio de 2025, enquanto a Zona Euro e a UE27 mantiveram variações mensais nulas (0,0%), refletindo uma estabilização dos preços no curto prazo.



O que significa a redução da inflação?

A redução da inflação significa que o ritmo de aumento dos preços de bens e serviços está a abrandar. Ou seja, os preços continuam a subir, mas de forma mais lenta do que anteriormente. Este abrandamento traduz-se numa maior estabilidade dos preços, o que ajuda a preservar o poder de compra das famílias e a criar um ambiente económico mais previsível para empresas e consumidores.

Quando a inflação diminui, normalmente resulta de factores como a redução das pressões externas, nomeadamente a descida dos preços da energia e a normalização das cadeias de abastecimento, bem como de políticas económicas eficazes e de uma gestão fiscal responsável. Uma inflação mais baixa é geralmente vista como positiva, pois reduz o impacto negativo do aumento dos preços no orçamento das famílias, facilita o planeamento financeiro e reforça a confiança dos investidores. Além disso, a estabilidade dos preços é fundamental para a sustentabilidade do crescimento económico, promovendo um ambiente propício à inovação, ao investimento e à criação de emprego.

No entanto, é importante garantir que a inflação não desça em demasia, pois uma queda excessiva pode conduzir à deflação, situação em que os preços começam a descer de forma generalizada. A deflação pode ser prejudicial para a economia, ao desincentivar o consumo e o investimento, podendo levar a períodos de estagnação económica.

A redução da inflação indica uma desaceleração do aumento dos preços, promovendo maior estabilidade económica e protegendo o poder de compra da população. Esta evolução beneficia a economia portuguesa e a estabilidade da região, sendo acompanhada de perto pelas autoridades e analistas para garantir um equilíbrio saudável entre crescimento e estabilidade dos preços.

Contactos: +351 913 335 560 / nuno.garrido@casaviva.pt / @nuno_miguelgarrido

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